Os resultados mais recentes da pesquisa Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), conduzida pelo Núcleo de Pesquisa e Inteligência da Fecomércio MG com base nos dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), confirmam a continuidade da tendência positiva, atingindo 105,9 pontos com um aumento de 0,9 p.p. Este índice reflete a crescente confiança dos empresários do comércio em Belo Horizonte. Destaca-se que a dinâmica observada desde maio do ano anterior permanece constante, com os empresários que possuem mais de 50 funcionários mantendo uma confiança superior em relação àqueles com equipes menores, fenômeno que perdura.
Segundo o Economista-chefe da Fecomércio MG, Stefan D’Amato, “os dados revelam não apenas uma estabilidade encorajadora, mas também sinalizam uma base sólida para o crescimento futuro no cenário empresarial local. A confiança continuada dos empresários do comércio em Belo Horizonte não apenas consolida o ambiente atual, mas sugere um potencial promissor para iniciativas expansivas e investimentos, fortalecendo a resiliência da comunidade empresarial diante dos desafios econômicos. Essa estabilidade positiva cria um ambiente propício para a inovação, o desenvolvimento de novas oportunidades de negócios e o fomento de um ecossistema empreendedor dinâmico na região”.
Neste contexto, empreendedores do setor de bens duráveis impulsionam sua confiança, atingindo a marca de 102 pontos, enquanto os empresários vinculados aos bens semiduráveis mantêm o mais elevado patamar de confiança desde setembro do ano anterior, superando consistentemente outros segmentos.
Apesar das melhorias nas condições atuais dos empresários do comércio em Belo Horizonte, o indicador permanece na zona de insatisfação, marcando 85 pontos e não ultrapassando o patamar de satisfação de 100 pontos. Por outro lado, as expectativas dos empresários continuam em ascensão, alcançando 131,9 pontos, substancialmente acima do nível de satisfação, embora ainda abaixo do pico histórico de 160,2 em março de 2020. Entretanto, o indicador de investimento apresenta queda pelo sexto mês consecutivo, atingindo 100,6 pontos. Esses dados pintam um quadro complexo, indicando uma mistura de otimismo futuro e cautela em relação aos investimentos presentes.
“Essa dicotomia entre expectativas futuras promissoras e um ambiente atual mais contido destaca a necessidade de monitoramento constante das condições econômicas para entender melhor a dinâmica em evolução no setor empresarial belo-horizontino”, aponta D’Amato.
Empreendedores de maior porte demonstram uma confiança notavelmente superior em suas empresas, superando seus pares de menor porte. Destaca-se nesse cenário os empresários do setor de bens não duráveis, cuja confiança se destaca ainda mais com os impactos positivos derivados da redução da inflação e da taxa Selic. Esta tendência não apenas reflete uma resiliência clara, mas também aponta para a influência benéfica das condições econômicas, evidenciando uma dinâmica favorável para os empresários de maior porte, especialmente no segmento de bens não duráveis.
“Empreendedores de maior porte evidenciam uma confiança superior, respaldada por fatores estratégicos. A eficiente gestão de estoques possibilita respostas ágeis às demandas do mercado, enquanto a sólida capacidade de capital de giro oferece flexibilidade financeira diante de variações econômicas. Práticas robustas de governança nas empresas fortalecem estruturas organizacionais, promovendo transparência e eficácia na tomada de decisões. O comprometimento com esses elementos não apenas consolida a confiança, mas também contribui para a sustentabilidade e crescimento contínuo das operações, solidificando o otimismo dos empresários de maior porte diante dos desafios do cenário empresarial”, destaca.
Diferentemente das empresas de maior porte, as empresas de menor porte apresentam uma abordagem distinta ao direcionar seus esforços para a expansão de suas equipes. Essa ênfase revela a estratégia específica desses empreendimentos, que priorizam o fortalecimento do capital humano como um motor essencial para o crescimento e a eficiência operacional. “Essas organizações buscam não só expandir o número de colaboradores, mas também diversificar habilidades e conhecimentos dentro de suas equipes, visando uma resposta ágil e multifacetada aos desafios do mercado”, pontua.
Sobre a Fecomércio MG
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais integra o Sistema Fecomércio MG, Sesc e Senac em Minas e Sindicatos Empresariais que tem como presidente o empresário Nadim Donato. A Fecomércio MG é a maior representante do setor terciário no estado, atuando em prol de mais de 740 mil empresas mineiras. Em conjunto com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), presidida por José Roberto Tadros, a Fecomércio MG atua junto às esferas pública e privada para defender os interesses do setor de Bens, Serviços e Turismo a fim de requisitar melhores condições tributárias, celebrar convenções coletivas de trabalho, disponibilizar benefícios visando o desenvolvimento do comércio no estado e muito mais.
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