O Festival Teatro em Movimento, que tem curadoria e coordenação geral de Tatyana Rubim, traz a Belo Horizonte o espetáculo “Simplesmente eu, Clarice Lispector”, idealizado, concebido e protagonizado por Beth Goulart. A peça estreia em BH no Teatro Sesiminas com apresentações de 19 a 21 de setembro, sexta a domingo, com ingressos a partir de 40 reais, com venda pelo Sympla. A montagem traz interpretação de Beth Goulart, que mergulha a plateia no universo intenso da autora e suas personagens.
Essa 24ª edição do Teatro em Movimento é apresentada pelo Instituto Cultural Vale, via Lei Rouanet do Ministério da Cultura, com patrocínio do Instituto Unimed-BH e Itaú.
Com uma jornada de dois anos de pesquisa e seis meses de preparação, Beth Goulart mergulhou profundamente na obra de Clarice Lispector para criar o espetáculo Simplesmente eu, Clarice Lispector. Desde a estreia em 2009, o espetáculo já percorreu 289 cidades no Brasil, conquistou prêmios e emocionou milhares de pessoas.
Na temporada de 2025, mais de 3.500 estudantes tiveram a oportunidade de assistir ao espetáculo, reforçando a plateia jovem como uma das principais características do público que tem acompanhado a peça. Além disso, o espetáculo também tem reunido diferentes gerações, com espectadores de 12 a 80 anos.
A atriz Beth Goulart traz Clarice Lispector à vida no palco com voz, corpo e emoção, e seu desempenho tem sido elogiado por sua intensidade e profundidade. O espetáculo é uma ode ao amor e explora temas como silêncio, solidão e o mistério da existência.
A montagem conta com um time de renomados parceiros artísticos, incluindo trilha sonora original de Alfredo Sertã, iluminação de Maneco Quinderé, direção de movimento de Márcia Rubin, preparação vocal conduzida por Rose Gonçalves, cenário assinado por Ronald Teixeira e Leobruno Gama, supervisão do trabalho da atriz por Amir Haddad, criação de vídeo e fotos Fabian, figurino de Beth Filipecki e visagismo de Westerley Dornellas.
Com 50 anos de carreira, Beth Goulart escolheu comemorar sua arte no palco com o retorno de Simplesmente eu, Clarice Lispector, que é a essência da literatura de uma das mais importantes escritoras do século XX. O espetáculo continua a emocionar o público carioca e fomentar a leitura, com sorteio de livros da obra de Clarice Lispector após cada apresentação.
A importância de Clarice Lispector vai além da literatura: é uma janela para a alma humana, uma reflexão sobre a condição humana e a busca por significado. Com Simplesmente eu, Clarice Lispector, Beth Goulart não apenas revive a obra da autora, mas também inspira uma nova geração de leitores e espectadores a se conectar com a literatura e a arte. É um convite para mergulhar na profundidade da alma humana e descobrir a beleza e a complexidade da existência.
Sinopse:
Clarice Lispector conversa com o público sendo ela mesma e suas personagens, quatro mulheres que, para Beth Goulart, representam as várias facetas de Clarice: Joana, que representa impulso criativo selvagem de “Perto do Coração Selvagem”; Ana, do conto “Amor”, que representa a fase da autora dedicada ao marido e aos filhos; Lori, da obra “Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres, uma professora primária que se prepara para descobrir e se entregar ao amor; e uma personagem sem nome do conto “Perdoando Deus, com sua ironia, inteligência e humor.
Serviço:
Simplesmente eu, Clarice Lispector, de Beth Goulart
Datas: 19 a 21 de setembro de 2025
Horários: sexta e sábado às 20h e domingo às19h
Local: Teatro Sesiminas – Rua padre Marinho, 60, Santa Efigênia
Classificação: 12 anos
Duração: 60 minutos
Ingressos: Sympla – https://bileto.sympla.com.br/event/109036/d/331096
Plateia 1: R$120,00 inteira – R$60,00 meia
Plateia 2: R$100 inteira – R$50,00 meia
Plateia 3: R$40,00 preço único
Informações: @teatroemmovimento
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Pontos em destaque de, Simplesmente eu, Clarice Lispector:
Sobre o espetáculo
Simplesmente eu, Clarice Lispector é um espetáculo teatral que celebra a vida e a obra da icônica escritora brasileira Clarice Lispector. Concebido, adaptado, dirigido e protagonizado por Beth Goulart, o espetáculo é uma ode ao amor e uma homenagem à importância de Clarice Lispector na literatura e na vida da sua criadora.
É uma jornada emocional que conduz o público pelo universo da escritora, revelando facetas de sua personalidade e de seus personagens. Com uma cenografia minimalista e iluminação meticulosamente desenhada, o espetáculo cria um espaço onírico que reflete a atmosfera da obra de Clarice Lispector.
Comemoração especial – 50 anos de carreira
Beth Goulart escolheu Simplesmente eu, Clarice Lispector para comemorar seus 50 anos de carreira, um marco incrível na vida da atriz e diretora. Após uma temporada de sucesso no Teatro PRIO, o espetáculo agora chega ao Shopping da Gávea, que também comemora 50 anos.
Beth Goulart, a diretora
Com sua habilidade e sensibilidade, Beth Goulart concebeu, adaptou, dirigiu e protagoniza o espetáculo, trazendo à vida a essência de Clarice Lispector. Sua interpretação é uma homenagem à escritora e uma celebração da sua obra.
Premiações de Simplesmente eu, Clarice Lispector
Com a estreia, veio o reconhecimento para Beth Goulart, quando foi premiada como “Melhor Atriz” no “Shell 2009”, “APTR”, “Revista Contigo” e “Qualidade Brasil”, este último, que também premiou a montagem como “Melhor Espetáculo”.
Clarice Lispector e sua importância
Considerada uma das maiores escritoras brasileiras do século XX, Clarice Lispector deixou um legado literário que continua a inspirar e emocionar leitores e artistas. Sua obra é conhecida por sua profundidade e complexidade, explorando temas como amor, silêncio, solidão e o mistério da existência. Publicada e reconhecida mundialmente, a autora conquistou novos e jovens leitores.
Importância do Espetáculo
Simplesmente eu, Clarice Lispector é mais do que um espetáculo teatral – é uma homenagem à vida e obra de uma das maiores escritoras brasileiras. O espetáculo é uma oportunidade para o público se conectar com a obra de Clarice Lispector e se emocionar com sua história.
Concepção do espetáculo
À medida que Beth Goulart ia escrevendo, já imaginava como seria o espetáculo que ela concebeu. E foram seis meses de preparação e dois meses de ensaio. No primeiro mês de ensaio Beth reuniu os profissionais dizendo a cada um o que desejava e criou o espetáculo. No segundo mês, Beth contou com a colaboração artística do mestre Amir Haddad, que participou de quatro ensaios, quando fez a supervisão da atriz, conversou com Beth e comentou: “jamais terei o primeiro olhar, o meu olhar será sobre o seu olhar” e finalizou: “O espetáculo já está pronto”.
Beth Goulart sobre sua relação com Clarice Lispector e o viés da dramaturgia de “Simplesmente eu, Clarice Lispector”:
Para o monólogo que atua e dirige, Beth Goulart passou dois anos mergulhada numa extensa pesquisa. Com narrativa que se constrói a partir de trechos de entrevistas, depoimentos e correspondências. Segundo Beth, toda essa ligação se dá por uma única linha: o amor: “Clarice falava sobre o amor maternal, o relacionamento, o amor a Deus, à natureza, ao próximo. Escolhi esse viés para apresentá-la ao público.”
Joana, uma mulher inquieta, que representa o impulso criativo selvagem e foi a primeira personagem de Clarice Lispector que Beth Goulart conheceu, no auge da adolescência, ao ler “Perto do Coração Selvagem”, romance de estreia da autora. Sua identificação foi inevitável: “Eu achava que não era compreendida. O que fazer com isso tudo dentro de mim, com esse processo criativo? Só Clarice me entendia”, confessa a atriz.
Já Ana, do conto “Amor”, leva uma vida simples, dedicada ao marido e aos filhos e tem a rotina quebrada ao se impressionar com a magia do Jardim Botânico: “Ela representa a fase em que Clarice se dedicou totalmente ao marido e aos filhos”, destaca a diretora.
Lóri, da obra “Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres” é uma professora primária que mora sozinha e se prepara para descobrir e se entregar ao amor.: “Toda a obra de Clarice é uma ode ao amor, o sentimento mais transformador do ser humano”, declara Beth.
Há ainda outra mulher sem nome, que, no conto “Perdoando Deus”, se deixa mergulhar na liberdade enquanto passeia por Copacabana: “Essa personagem sem nome representa a ironia, a inteligência e o humor na obra de Clarice. Essas quatro mulheres representam algumas facetas da própria Clarice e foram escolhidas para apresentar ao público a obra de um dos maiores nomes da literatura brasileira”, sentencia Beth Goulart.
A atriz interpreta, além da escritora e suas personagens, fragmentos que reconhece em si mesma: “Usando as palavras dela, eu também estou falando de mim, eu me revelo através de minhas escolhas.”
Na peça, Beth faz reflexões sobre temas como criação, vida e morte, Deus, cotidiano, solidão, arte, aceitação e entendimento e trabalha pontos característicos da obra de Lispector, como o vazio, o silêncio e o instante-já,: “Aquele momento único, que é como um flash, um insight, em que tudo se esclarece”, explica a atriz.
Para a Beth, representar Clarice Lispector é realizar um antigo desejo: “Eu sempre acalentei essa vontade de um dia poder dar meu corpo, minha voz, minhas emoções para colocá-la viva em cena.”
A caracterização foi feita de forma cuidadosa. Detalhes como a maquiagem ganharam tratamento especial de Beth Goulart, que optou por um caminho neutro para passear livremente pela pele das personagens e da autora: “O espetáculo todo é como se fosse uma grande folha em branco a ser escrita por essas personagens, pelos movimentos, pelas ações, pelos sentimentos, pela luz.”