13º Festival Pequenas Sessões se inspira no som e na água em vasta programação gratuita

Evento acontecerá entre os dias 20 e 25 de novembro e contará com chamada aberta para seleção de projetos artísticos, debates, oficinas de formação e atividade destinada às infâncias.

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A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, e a MGS apresentam: Pequenas Sessões 13ª edição – 2023, entre os dias 20 e 25 de novembro. Realizado desde 2008, esta edição do festival se inspira na temática curatorial o som e a água enquanto vida e faz um chamado à necessidade urgente de ressignificar os modos de existir enquanto civilização. A programação convida artistas, público e demais interessades a pensar um outro mundo, por meio de programação que reúne oficinas de vivência e formação, webinários, chamada aberta para seleção de projetos artísticos, além de atividade destinada ao público infantil e juvenil. Todas as atividades são gratuitas e as inscrições para as ações de formação poderão ser feitas através de formulários online disponíveis no site do evento: www.pequenassessoes.net.

 

Este projeto é realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte. As ruas da capital mineral, o Centro de Referência das Juventudes – CRJ e a Escola Estadual Francisco Sales receberão a programação, que irá ofertar também atividades virtuais, possibilitando a participação do público de outras cidades e regiões.

 

Sobre a temática desta edição, o músico Daniel Nunes, integrante da banda Constantina e projeto Lise, e idealizador do Pequenas Sessões, por meio de seu selo musical La Petite Chambre Records, nos revela: “Durante a pandemia, eu comecei a ficar muito mais sensível a temáticas ambientais, por achar que parte do que nos aconteceu está relacionado ao modo de vida que praticamos atualmente. Foi neste momento que pensei em constituir um elo de dois elementos que são essenciais para mim. A água, essencial para a vida humana e não humana e o som, elemento que dá vida a este festival. A partir disso, abranger diversas áreas do conhecimento e expandir a perspectiva de debate, de experiência e de formação. O som e a água dão vida para tudo. Inclusive para este festival”, sublinha Daniel.

 

Inaugurando a programação desta edição, quatro ações de vivência e formação serão oferecidas. Em “O que pode ser um rio?”, nos dias 20 a 23 de novembro, os artistas Marco Scarassatti (SP/MG) e Claudia Holanda (PE/RJ) partem dos rios enclausurados de Belo Horizonte, para através de derivas de escuta e gravação reunir áudios que tragam à tona a complexidade do que possa ser um rio. A ação vai se resultar em uma instalação que complexifique a existência de um rio.  Em “Como a água nos ouve?”, nos dias 20 e 21 de novembro, Ricardo Garcia (Oceano Atlântico), a bordo do estudiofitacrepe flutuante, um veleiro clássico de madeira onde atualmente vive e realiza suas investigações sonoras, convida o público, a partir da escuta, a perceber e analisar parte das interferências provocadas pelo projeto civilizatório no habitat aquático/marinho.

 

Partindo de objetos simples, presentes no cotidiano dos estudantes da Escola Estadual Francisco Sales, instituto dedicado a educação de pessoas surdas, a atividade “Vibrar com tudo – Atividade de Estética Vibracional” busca apreender e explorar a maneira como sentimos a vibração das coisas com as quais convivemos. A oficina será ministrada nos dias 20 e 21 de novembro pelo artista visual e sonoro Gustavo Torres (RJ/SP) e terá acompanhamento de profissional Intérprete de Libras.

 

Nos dias 20, 21 e 22 de novembro, Oscar Capucho (BH) e Gil Amâncio (BH) investigam as relações entre som, corpo e espaço em “Interação Orgânica – relações entre som, corpo e espaço”. Ao final dos encontros, os participantes apresentarão as performances experimentais resultantes dos exercícios propostos ao longo da oficina.

 

Uma novidade desta edição é a seleção de projetos artísticos provenientes de uma chamada aberta ao público geral. Ao todo 10 projetos inéditos que estejam em consonância com a abordagem curatorial água e som enquanto vida, contarão com uma ajuda de custo para sua realização e terão suas estreias durante a programação da 13ª edição do festival. As obras irão compor uma galeria digital de artes no website oficial das Pequenas Sessões que poderá ser (re)visitada pelo público por tempo de 30 dias após o evento e ainda serão exibidas através de projeções mapeadas em empenas de prédios no centro de Belo Horizonte em uma ação conduzida pelo Bloco da Bicicletinha.

 

“O Festival ainda não tinha realizado uma curadoria a partir de projetos artísticos que podem vir de diversos territórios do país. A possibilidade de estrear estes trabalhos inéditos tanto no ambiente virtual como na carreata do Bloco da Bicicletinha é uma novidade desta edição. Percebo como uma forma de ressignificar a ideia do presencial neste festival que começou com uma perspectiva de shows e de repente se transforma para além dos palcos. Está sendo muito legal o interesse das pessoas em inscrever projetos de diversas possibilidades de expressão. Ampliar o espectro de trabalhos artísticos que tragam em sua essência a ideia do experimental é algo que dá novo sentido à programação e as possibilidades de atuação do Pequenas Sessões”, comenta Daniel Nunes.

 

Com foco no compartilhamento de vivências, contextos sociais, culturais, criativos e econômicos no campo das artes experimentais em diálogo com a abordagem curatorial proposta para esta edição, o festival promove quatro debates transmitidos no formato de live streaming no website e youtube oficial do Pequenas Sessões. Entre os convidados estão Cacique Babau, um dos maiores nomes de lideranças indígenas do país, Yanna Porcino, artista surda, preta e LGBTQIAP+ dedicada à cultura surda e à defesa dos direitos humanos e Renata Mara, mineira, artista de dança, docente e pesquisadora praticamente cega.

 

Encerrando o festival Pequenas Sessões em sua 13ª edição, no dia 25 de novembro, sábado, na Rabiola – Instituto de Arte e Educação, o brincante Roquinho convida o público infantil e juvenil para a segunda edição da “Pequenas Infâncias Sonoras”, desta vez com o tema “Escuta Só Prá Você Vê”. Uma audição dos Sons urbanos do bairro Jardim Felicidade, onde está localizado o Instituto, vozes, histórias, pássaros, rios, trânsito, ventos e suas imagens correspondentes, para arquitetar em argila e outros materiais da natureza, o mundo que essas gamas, sonoras e visuais, inspiram.

 

SERVIÇO

13º Festival Pequenas Sessões

20 a 25 de novembro

Centro de Referência das Juventudes – CRJ; Escola Estadual Francisco Sales; website e canal do Youtube do Pequenas Sessões

Inscrições gratuitas através do site www.pequenassessoes.net

Instagram: @pequenassessoes

ABAIXO A PROGRAMAÇÃO COMPLETA DO EVENTO:

AÇÕES DE VIVÊNCIA E FORMAÇÃO

1. O que pode ser um rio?

Dias: 20, 21, 22 e 23 (oficina) | 24 (abertura da Instalação)

Hora: 14:00 às 17:00 (20, 21, 22 e 23) | 19:30 (24)

Onde: CRJ (Sala Didática – 20, 21, 22 e 23 – Galeria Nath – 24)

Número de Inscrições: 15 vagas

Público: Jovens a partir de 15 anos e pessoas adultas interessadas em arte, sonoridades e meio ambiente.

Materiais necessários: Gravador de áudio digital portátil e/ou telefone celular para realizar gravações.

Facilitadores:

Marco Scarassatti (MG)

Claudia Holanda (PE/RJ)

2. Como a água nos ouve?

Dias: 20 e 21 de novembro

Hora: 09:00 às 12:00

Onde: Zoom

Número de Inscrições: indefinido. poderão ser feitas antecipadas no site do festival.

Público: Jovens a partir de 15 anos e adultos interessados em arte, sonoridades e meio ambiente.

Materiais necessários: celular, tablet ou computador com o aplicativo Zoom instalado, fone de ouvido, papel e canetas ou lápis coloridos.

Facilitador:

Ricardo Garcia (SP)

3. Vibrar com tudo – atividade de estética vibracional

Dias: 20 e 21 de novembro

Hora: 08:00 às 11:00 & 18:00 às 20:30 (20) | 13:30 às 16:30 (21)

Onde: Escola Estadual Francisco Sales

Número de Inscrições: corpo discente da Escola Estadual Francisco Sales + 10 vagas abertas para público geral que queira acompanhar a vivência. (inscrições para o público externo à instituição via formulário Jotform disponível no site do festival)

Público: Infâncias, Jovens e pessoas adultas interessadas na temática.

Materiais necessários: caso queira, poderá levar algum objeto vibrátil que encontrar em casa.

Facilitador:

Gustavo Torres (RJ)

Acompanhamento de Intérprete de Libras.

4. Interação Orgânica – relações entre som, corpo e espaço

Dias: 20, 21 e 22 de novembro

Hora: 14:00 às 18:00 (21 e 22) e 14:00 às 20:30 (23)

Onde: CRJ (Sala das Artes – 20, 21 e 22)

Número de Inscrições: 20 vagas abertas para público geral que queira acompanhar a vivência. (inscrições via formulário disponível no site do festival)

Materiais necessários: Objetos sonoros

Facilitadores:

_Oscar Capucho (BH)

_Gil Amâncio (BH)

Todas as ações de formação terão inscrições gratuitas através de formulários online disponíveis no site do evento: https://pequenassessoes.net

SESSÕES LA PETITE CHAMBRE

Pela primeira vez a curadoria do festival acontecerá a partir de seleção de projetos artísticos provenientes de uma chamada aberta ao público geral. Ao todo 10 projetos inéditos contarão com uma ajuda de custo para sua realização e terão suas estreias durante a programação da 13ª edição do festival. A chamada se expande a todo território nacional abrangendo inscrições dos mais diferentes territórios do país. Tendo a abordagem curatorial água e som enquanto vida como inspiração, esta ação busca reunir arte, som e demais áreas de conhecimento no intuito de mudar a realidade, deslocando sentidos para uma dimensão social e cultural que imaginem futuros possíveis. Este é um convite àquelas pessoas que desejam compartilhar processos e formular questões que ajudem a pensar um outro mundo.

Edital disponível no link: https://2023.pequenassessoes.net/chamada-aberta/

Número de Inscrições: 10 projetos serão selecionados

Data de inscrição: 18/11/2023 a 23/11/2023

ESTREIAS E EXIBIÇÕES DAS 10 OBRAS

Dia: 22 de novembro

Horário: a partir das 19:30

Conduzidas pela turma do Bloco da Bicicletinha, essa ação convida o público a pedalar pelas ruas de Belo Horizonte em carreatas de bicicletas e triciclos equipados com projetores de vídeo, averiguando as arquiteturas passíveis de projeções das obras que farão parte da programação. Concomitantemente transeuntes e habitantes da cidade serão convidades a acessar o todo o conteúdo sonoro que será transmitido em tempo real pelo website do evento.

Sobre o Bloco da Bicicletinha: TODAS AS BIKES NA RUA!

Todes que curtem a ideia de pedalar livremente por BH são migues. <3 No fundo todes sonham com a utopia de uma cidade sem carros, pedalar sem opressão e sem assédio de qualquer tipo.

Que Bloco é esse?

Nós somos o Bloco da Bicicletinha! Pra quem não conhece, desfilamos desde 2013, na quinta-feira que antecede o carnaval. No início, eram apenas alguns amigos interessados em ocupar os espaços públicos com suas bikes, se divertir e contagiar a cidade; seis anos depois, tendo realizado várias edições em épocas variadas do ano, no carnaval de 2019 mais de 5000 ciclistas se juntaram para dar protagonismo à bicicleta, fazendo do Bloco a maior pedalada coletiva de Belo Horizonte e provavelmente da América do Sul.

WEBINÁRIOS

O som e a água enquanto vida

Dia: 20/11/2023 – Segunda-Feira

Hora: 19:30 até 21:30

Ementa: Uma reflexão sobre as águas enquanto um bem natural e o som enquanto um bem cultural a partir da perspectiva de uma das maiores lideranças indígenas no Brasil, Cacique Babau. A temática curatorial desta edição impulsiona um pensamento sobre esses elementos essenciais, nossas relações, vínculos e as possíveis ressonâncias provocadas no horizonte da vida. Um convite para todas as pessoas que desejam formular questões que ajudem a imaginar futuros possíveis.

Quem: Cacique Babau

Mediação: Daniel Nunes

Acessibilidade – para dentro das artes

Dia: 21/11/2023 – Terça-Feira

Hora: 19:30 até 21:30

Ementa: Um encontro que adentra na poética das artistas partindo dos elos que as reúne na 13ª edição das Pequenas Sessões – o corpo e o gesto – enquanto potências de expressar, artes. Sob um sentido Yanna Porcino (com)partilha sua investigação de poesia artística de Libras. Sob a outra perspectiva Renata Mara com(partilha) sua pesquisa no campo das Artes Cênicas e Dança. O interstício? A acessibilidade.

Quem:

Yanna Porcino

Renata Mara

Mediação: Daniel Nunes

Selos musicais no Brasil – edição 2

Dia: 23/11/2023 – Quinta-Feira

Hora: 19:30 até 21:30

Ementa: Um debate sobre como é gerir uma pequena gravadora de música dentro e fora do Brasil.

Quem:

Ramon Alves_Desmanche Selo (RO)

Natália Francischini_Música Insólita (RJ/SP)

Luciano Valério_Desmonta (SP)

Marta Karrer _PWR Records (RS)

Julio Pattio_Autogenesis (BR/GE)

Mediação: Daniel Nunes

O que pode ser um rio?

Dia: 24/11/2023 – Sexta-Feira

Hora: 19:30 até 21:30 (este seminário será transmitido do local onde será realizada a oficina e instalação: CRJ)

Ementa: Uma reflexão sobre a experiência da ação de formação realizada na 13ª edição das Pequenas Sessões.

Quem:

Marco Scarassatti

Claudia Holanda

Mediação: Daniel Nunes

PEQUENAS INFÂNCIAS SONORAS

Dia: 25/11/2023 – Sábado

Hora: 09:00 até 12:00

Ementa: Pequenos Mundos Imaginários e os Seres que Habitam – Escuta Só Prá Você Ver

Quem:

Mestre Roquinho, brincante

Onde: Rabiola – Instituto Cultural de Arte e Educação
Quanto: Gratuito

Dinâmica

Começamos brincando. Experimentando um amplo repertório de Brincadeiras tradicionais da infância Brasileira. Tomamos um café em que cheiros, sabores e acolhimento afetuoso já são inspirações. Depois empreendemos pela comunidade um pequeno passeio, marcado por brincadeiras, observações da arquitetura, pela observação dos sons…

Ao voltarmos, nos sentamos para em descanso e de olhos vendados, ouvir:

pequenos relatos sobre a história do lugar, sons gravados e relacionados ao trajeto feito e sons do Mundo e das suas Vastidões. De volta dessa imersão sonora, brincamos de imaginar um Mundo ideal e Futuro que gostaríamos de construir e os princípios e as regras que regeriam esse Mundo sonhado. Pronto! Esses princípios e regras passam a orientar a Construção do nosso Mundo Imaginário.

A partir daí os participantes, regidos por suas imaginações e, amparados por elementos da Natureza, dispostos à sua volta, elaboram mini-estruturas: arquiteturas, geografias, abrigos e seres imaginários. A produção de cada uma, de cada um, vai sendo organizada em um espaço comum, de modos que um pequeno mundo se forme. Parte do que é construído é levado pelas pessoas, parte fica e pode gerar uma pequena exposição que conta da experiência.

Sobre Roquinho:

Roque Antônio Soares Junior é brincante, observador da Cultura da Infância (Brinquedos e Brincadeiras tradicionais da infância brasileira) e membro fundador da “Carretel Cultural”, um organismo empresarial empenhado nas questões ligadas à Educação, Cultura da Criança e Cultura Brasileira. Desenvolve ao longo dos últimos 20 anos práticas, reflexões e registros a acerca do Brincar como traço elementar da Cultura e Identidade de um povo e sobre a importância do Brincar para a plenitude do desenvolvimento humano

Sobre a Rabiola – Instituto de Arte e Educação: A Rabiola é um Instituto Cultural, que busca promover o acesso à arte, cultura, educação e cidadania nas periferias de Belo Horizonte. Desenvolve projetos relevantes na cidade como a ‘Casa Escola’; ‘Mandando a Real’; “Quintal Cultural”, “Voos Rasantes”, “Encontros Para Brincar “, dentre outros projetos de fomento e valorização do patrimônio cultural imaterial, da arte e comunicação popular. O espaço da casa escola é um lugar para ser, fazer, sentir e pensar. Está situada no Conjunto Felicidade, periferia da zona norte de Belo Horizonte, aberta a dezenas de crianças, adolescentes e seus familiares. Fundada em 2017 na Vila da Paz, por Camila Amy e pelo Ramayan Sol, ambos artistas, educadores, pesquisadores da cultura da infância e empreendedores sociais de base favelada. Tendo como diferencial suas metodologias de ensino, a criação de redes e modos de pensar.

IVO

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